Como tudo começou “Pela estrada de tijolos amarelos” – Por Luh Mezzari
Desde muito criança me recordo de brotarem diversos questionamentos na minha cabeça sobre o porquê de as coisas serem de determinada forma. Me pegava pensando coisas do tipo. Por que as coisas são como são? Quem determinou que deveria ser assim? Seria errado se alguém fizesse diferente?
Não raramente me sentia fora do contexto da vida. E esse sentimento de não pertencimento me fez passear por tribos diferenciadas em busca do meu Eu.
Comecei a fazer teatro aos 12 anos, gostava de escrever e me dava bem nas disciplinas que demandavam criar estórias, crônicas e cheguei até a escrever para a coluna no jornal da escola. Pelo fato das duas atividades serem fontes de imenso prazer cogitei estudar jornalismo e artes cênicas. Ambas as profissões não foram bem aceitas na minha família.
Artes não era profissão e jornalismo não tinha na minha cidade na época o que era um fator impeditivo visto que meu pai era muito autoritário e conservador. Resolvi que ia estudar odontologia, claro que não preciso dizer que não deu certo, pois não tinha nada a ver comigo, a escolha foi baseada no que era visto com bons olhos. Nessa caminhada até por Direito passei.
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Acabei por me formar em Marketing. Mas o coração sempre pendeu para as artes, para a psicologia e espiritualidade. Na busca pelo que queria fazer da vida, mergulhei nos estudos livres sobre como a mente funciona, quais efeitos têm nossos sentimentos na nossa saúde e o quanto eles tanto influenciam na realização dos nossos sonhos mais profundos quanto nos podem levar ao fracasso se não tiverem boa semente.
Esse foi o caminho sem volta. Nunca mais parei de buscar em paralelo as minhas outras atividades as respostas que hoje sei que, na verdade, estavam todas aqui comigo, dentro do ser que aprendi a silenciar para ouvir.
No fim das contas não posso dizer que não valeu a pena todas as voltas que dei para chegar ao tesouro que procurava. Nessas andanças fiz como a Dorothy do “Mágico de Oz” que na sua busca ao que a levaria de volta para casa foi desfrutando, pelo caminho de tijolos amarelos, de aventuras na companhia dos diferentes amigos que ela jamais conheceria não fosse a adversidade que a acometeu.
Na história da minha vida, o tornado foi a sede de viver e desbravar o mundo. Foi o que me fez ter coragem para sair de Cascavel, no interior do Paraná para viver em Minas gerais numa cidade maior, que me instigou a passar uma temporada na Europa e posteriormente me estabelecer na querida São Paulo, onde fiz teatro, estudei cinema, assisti todos os musicais possíveis e conheci gente consagrada no mundo das artes.
Me embriaguei de toda a cultura que meu real ser tanto pedia para então me dar conta que a minha casa estava dentro de mim o tempo todo. E que sim precisava fazer todo esse trajeto para colecionar a vivência necessária para hoje falar com alguma autoridade quando se trata de relações humanas, bem-estar, autoconhecimento, espiritualidade e energia.
Hoje moro nos Estados Unidos com meu marido e nossa filha de 9 anos
Num lugar rodeado de natureza deslumbrante que me inspira e me conecta com um universo de possibilidades. Mais um recomeço para a minha coleção. Estabelecer novas conexões, relações de amizade e profissional, e não por acaso, na necessidade de me reinventar, permaneci na busca e aqui decidi me dedicar profissionalmente ao meu real propósito.
Para isso estou na fase de desenvolvimento do meu blog onde pretendo apresentar ferramentas para outras mulheres que buscam encontrar a si mesmas e criar além da realidade que lhes foi apresentada.
Mulheres que queiram contribuir para o empoderamento de outras mulheres com seu conhecimento e claro, mergulhar cada vez mais profundo na busca da felicidade genuína que, na verdade, já nos habita, mas que não conseguimos acessar devido à quantidade de lixos mentais e sentimentais a que expomos nossas mentes e corpos.
Acredito poder contribuir para o crescimento dessa onda espetacular onde não há concorrentes e sim colaboradoras que instigam umas às outras a descobrirem a melhor versão de si mesmas.
Veja também: Da idéia à publicação – Episódio 4: Como terminar o primeiro rascunho!
Amei Luh como tudo começou como suas histórias pode empoderar mulheres a seguir o coração e saber que resultado e rumo ao sucesso parabéns que venham novas publicações e muito mais 😍
Linda trajetória !!!
Ahhhh que delícia de texto, que jornada inspiradora <3
Mesmo que no começo você tenha cursado o que não queria, acredito muito que isso foi importante pra que você esteja onde está hoje. Com certeza, o que você viviu contribuiu pra algumas decisões na sua vida e acho muito muito muito incrível pessoas que simplesmente abandonam tudo que a sociedade (ou família, como no seu caso) impõe pra poder viver o que realmente as fazem felizes. Acho isso muito inspirador, de verdade!
Espero muito que sua coluna aqui e seu novo blog consiga alcançar muitas mulheres e que ele gere muita transformação na vida delas.
Gostei muito de conhecer uma parte da sua história e saiba que já tem uma leitora para o blog hahahaha SÉRIO, VIU?
Beijos, sucesso!!