Mulheres que fizeram história:

“Tenho um amor em mim que nem pode imaginar e uma fúria em mim que nem pode acreditar. Se eu não puder satisfazer uma, hei de satisfazer a outra. Eu era bom e minha alma transbordava de amor, mas a intolerância dos outros me ensinou a odiar.”

Mary Shelley

Nascida Mary Wollstonecraft Godwin em 30 de agosto de 1797, em Londres, Inglaterra, era filha do filósofo e escritor político William Godwin e da famosa feminista Mary Wollstonecraft – a autora de The Vindication of the Rights of Woman (1792) – que morreu quando Mary era recém-nascida.

Quando ela tinha apenas 16 anos, se apaixonou por Percy Shelley, que era casado. Eles fugiram juntos e começaram a viver juntos em Londres, sob condições financeiras deploráveis. Acreditava-se que o casamento deles era muito complicado, pois Percy Shelley tinha uma vida muito promíscua.

Mary teve uma vida de perdas e abandono – uma das mais desoladoras de sua filhinha após o nascimento. Acredita-se que foram suas experiências de perda e desespero – assim como seu interesse pela ciência – que a levaram a escrever Frankenstein (seu romance mais importante).

Como qualquer mulher em seu tempo, Mary Shelley não obteve reconhecimento imediato por seu trabalho. A primeira edição de seu livro foi publicada anonimamente, e a autoria foi atribuída a seu marido, que escreveu o prefácio. Mesmo assim, seu pai, que também era um escritor famoso, certificou-se de que a segunda edição viria com seu nome.

O legado de Frankenstein

É notável. Há dezenas de adaptações cinematográficas e peças celebrando o famoso personagem (que muitas vezes é confundido com o monstro, mas, na verdade, é o nome do médico, Victor Frankenstein, que é o protagonista e narrador da maior parte da história). Mary Shelley tinha apenas 20 anos de idade quando publicou a obra.

Hoje, Frankenstein é considerado um dos primeiros romances de ficção científica, uma vez que introduz o uso de temas tecnológicos na literatura. Ele também está associado a um gênero clássico de romance de terror gótico. Outro romance de Shelley, O Último Homem, também é normalmente apontado como o primeiro verdadeiro romance de ficção científica.

Mary Shelley, se viva, estaria completando 223 anos. Vamos celebrá-la mostrando nosso respeito por seu incrível legado!

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