Esta semana descobri que uma escritora amiga minha ainda usa caneta e papel para escrever suas histórias. Fiquei surpresa! Eu disse, de verdade? Você ainda faz mesmo isso?

Então, isso me fez pensar! Eu ainda ando por aí com um bloco de notas e uma caneta – embora eu realmente não escreva nada nele. Mas ainda ando com ele, “só para o caso de” a bateria do meu telefone ou do meu tablet se esgotar. Imagine isso, você está em um banco, seu telefone morre, e acontece que você tem o tema mais maravilhoso, fora do série, aquela ideia de matar para um livro, e você não tem onde escrevê-la. Que pesadelo! É por isso que minha caneta e meu bloco de notas ainda estão lá.

Ainda assim, não começo uma história em um bloco de notas há anos. A última vez foi durante uma aula de Literatura, em 2008. Tive esta grande idéia e, no meio da aula, escrevi umas dez páginas para um primeiro capítulo. Honestamente, a história ainda está lá, delineada, dois ou três capítulos escritos, mas ainda em uma gaveta. Um dia, talvez, ele encontrará o caminho para o computador.

Muitas pessoas, porém, ainda sentem o prazer de ir a uma loja de papelaria, escolher um caderno caro, canetas de escrita suave, e passar horas escrevendo nele. Embora eu adore gastar dinheiro em lojas como essa, não consigo escrever muito à mão. Isso machuca meus dedos e meu pulso, e não consigo chegar ao ponto tão rápido como faria em um teclado. Escrevo muito mais rápido no computador, quase tão rápido quanto as palavras surgem na minha cabeça – e assim não me perco tão facilmente em pensamentos vagos.

Acho que tudo depende de quantos anos você tem e quanto tempo você passou escrevendo em um computador ou em um papel. Comecei a escrever seriamente quando tinha 12 anos, e comecei em um caderno. Entretanto, depois de aprender a digitar (sim, fazíamos isso há 20 anos, na verdade tínhamos aulas de digitação, e eu fui para uma escola de digitação), mudei de fato para o computador e isso fazia sentido para mim, porque era mais rápido.

Mas vNão é de se admirar que tantas pessoas ainda prefiram livros impressos (em oposição aos eletrônicos) – mas esse é um tópico para o próximo blog post #oldtechonlogy. A questão é que nunca se deve revisar nada – acima de tudo, um romance – em um computador.

Sempre, sempre imprima seu trabalho e o revise com uma caneta na mão. Nossos cérebros reagem à página impressa de maneira diferente, e vemos melhor nossos erros.

De qualquer forma, vamos parar e agradecer à caneta e ao papel por todas as maravilhas que ela fez e ainda continua fazendo por nós.

E você, ainda usa uma caneta e papel?